segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Apóstrofe

Serpente, sombra da sorte serena que se inicia na sonolência
Dos sinistros sons circundantes.
Ciranda sadicamente por entre os sábios sibilinos da razão
Os seus segredos cintilam por entre os cílios certos de suor ou lágrimas.

Serpente, que por entre as silvas semeias a sede
De onde os sentidos te escutam tão certos
Por serem o sangue sinuoso das avenças perversas
Dos amantes Silvestres...

Serpente! Avisa-os que as heras imortais vos envolvem
Mascaradas de ciprestes.
Avisa, mas toda a sentinela ignora avisos
Nunca sabendo a sua magnificência hostil... Serpente Cor de Ciano...