quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Insígnia


Intervim na magnitude que enclausura o pensamento
Corroborei as ideias perdendo o rumo da exactidão
A clareza penetrou-se nos confins do pejo
Onde a ode criada tornou eminente a polissemia do som

Foi vago… parti num pavor contínuo da lassidão
Sentei-me no pódio da amargura que me deteve
Deterá! Doravante, deterá! 
...
(e ainda me questionam sobre a sanidade?)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Enfado

-Interrogo-
A coexistência entre o equilíbrio e os anseios
Os muros que se afirmam, Eminentes
Numa clausura insana do fictício ciano
Libertino, impetuoso, alucinado, em deambulo
-Interrogo-
Infestam os anseios que persistem
São vida! que entretém os desse infeliz...
Retiro todo o equilíbrio, retiro-o
Em paz, equilíbrio! Jaz!
Serena harmonia! Soterre-se!
-Não sou capaz, não acredito.-

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doces Pensamentos de um Homicida

Que horas tão ternas
Estas em que me perduro
Inocente de mim

Em uma diálise inconstante
Que se renova nos momentos
Percebo-me não só a mim
Mas também ao outro
                     ... que habita em mim
Inalo tão assombrosos prazeres
Em volúpia... secretamente
E percebo sem me voltar
Que o Mar já não é só meu

... tomo-te em meus braços
E quebro-te em mil pedaços.


de: Mário Sarmento

Espiral de uma Loucura Invertida

Semblante de raiva incolor
Retrocesso de dispersão enlouquecida
Vida que passa sem dor
Praduto solitário de uma mente distorcida

E uma flor á beira do caminho
Ilumina o torpor desse génio divino
Isolado... Sozinho

(Chora o louco, em bebedeiras cor de vinho)

de: Mário Sarmento

domingo, 21 de novembro de 2010

Crebro

Criminosos de crimes crus e cruciais
Crêem em criaturas que se cravam 
Em crucifixos como cravos em crinas
Criam crenças - que crédulas! - criminosas
Que cravam em críticas crianças
De crónicas criadas por crentes criminosos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

.corrompido


-Na figura de deus encontraste a misericórdia perante a tua agonia-

Refundo a luz na calamidade da situação
Procuro o além da vida pr’álem da morte
O tempo perfura o ponteiro de cinzas
E as cinzas caminham no beco da ventura
Da agrura, da pintura, da luxúria
Ronda o dizer da nação
A quem o ar sufoque
E procura… procure! O ignoto, mas…
Perdeu a frescura da ternura
Prendeu-se, oh… na penúria

-Sem ignoto Deo, pois bem se perdeu.-

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

(...)


E se é nesta atracção que se encaixam
pois círculos de veneno, ardor, enredo e amor
e se é este o momento em que a minha lucidez rezou
à demência num pântano que secou
o poder, a loucura, a fome de um felino,
de um fugitivo predador que a carne fraca um dia cuidou
e que agora perdido na quimera,
flutuando sob a abstinência da dor,
este tão fulcral pesar e que, sem mais poder ajudar,
fez su'alma se deteriorar
neste que é o sentimento de optimismo,
que não se estreita pela vida, mas sim pela fuga.