O que eu vi
Na triste leitura da tua íris
Um mergulho disperso no vago
Tão profundo que atrasou o tempo
De anos e memórias que não conteve
Chorou ao som do esbater da luz
Envolvia-o com as minhas medidas
E acompanhava, na incompreensão, o seu trovo
Qual afago ou ternura…
Soluçava sem amparo
Meus olhos congelados assim permaneceram
Tentei cantar o embalo
Tornou um calor de chão trémulo e árido
A luz voltou… e o som!
As cores e os odores
Foi quando acordei, numa continuidade ofegante
E cai em meu amante então dilacerado
Que baqueou o meu compasso
Mas… atentei… e indaguei
Como dormia tranquilo! No seu doce respirar
Que massaja os seus lábios minuciosamente pintados
De um tom leve e de prumo, que se mantinha claro
Como o nada que esconde a orquídea do campo azul
Que é só tristeza… que não dorme a alma…
Que contém, nunca extravasa
Se é linda! Esta minha teia em meus cabelos enlaçada
Que não chora! E se chora de firmeza
É linda! E nobre…
E eu… tão fraca e feia
Um pouco mais de azul e serias fraca oh teia
Um pouco mais de razão e eu ficaria aquém oh harmonia
Assim findamos e compensamos o amor
Na mais estável fúria dos nossos lábios
Meu Amor, por quem te chamo, Este é o caminho, com todas as pedras em sintonia.