Que horas tão ternas
Estas em que me perduro
Inocente de mim
Em uma diálise inconstante
Que se renova nos momentos
Percebo-me não só a mim
Mas também ao outro
... que habita em mim
Inalo tão assombrosos prazeres
Em volúpia... secretamente
E percebo sem me voltar
Que o Mar já não é só meu
... tomo-te em meus braços
E quebro-te em mil pedaços.
de: Mário Sarmento
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Espiral de uma Loucura Invertida
Semblante de raiva incolor
Retrocesso de dispersão enlouquecida
Vida que passa sem dor
Praduto solitário de uma mente distorcida
E uma flor á beira do caminho
Ilumina o torpor desse génio divino
Isolado... Sozinho
(Chora o louco, em bebedeiras cor de vinho)
de: Mário Sarmento
Retrocesso de dispersão enlouquecida
Vida que passa sem dor
Praduto solitário de uma mente distorcida
E uma flor á beira do caminho
Ilumina o torpor desse génio divino
Isolado... Sozinho
(Chora o louco, em bebedeiras cor de vinho)
de: Mário Sarmento
domingo, 21 de novembro de 2010
Crebro
Criminosos de crimes crus e cruciais
Crêem em criaturas que se cravam
Em crucifixos como cravos em crinas
Criam crenças - que crédulas! - criminosas
Que cravam em críticas crianças
De crónicas criadas por crentes criminosos.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
.corrompido
-Na figura de deus encontraste a misericórdia perante a tua agonia-
Refundo a luz na calamidade da situação
Procuro o além da vida pr’álem da morte
O tempo perfura o ponteiro de cinzas
E as cinzas caminham no beco da ventura
Da agrura, da pintura, da luxúria
Ronda o dizer da nação
A quem o ar sufoque
E procura… procure! O ignoto, mas…
Perdeu a frescura da ternura
Prendeu-se, oh… na penúria
-Sem ignoto Deo, pois bem se perdeu.-
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
(...)
E se é nesta atracção que se encaixam
pois círculos de veneno, ardor, enredo e amor
e se é este o momento em que a minha lucidez rezou
à demência num pântano que secou
o poder, a loucura, a fome de um felino,
de um fugitivo predador que a carne fraca um dia cuidou
e que agora perdido na quimera,
flutuando sob a abstinência da dor,
este tão fulcral pesar e que, sem mais poder ajudar,
fez su'alma se deteriorar
neste que é o sentimento de optimismo,
que não se estreita pela vida, mas sim pela fuga.
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