terça-feira, 5 de abril de 2016

"Sobre a razão estar cega..."

Enquanto escuto a razão
Sigo uma canção que já não sei interpretar.
O compasso acelera, aperta e desespera
Vejo duas luzes que se fundem, estalam,
Fazendo com que o tempo ecoe o teu nome.
Sucumbe a esqualidez nas flores da sala,
Enquanto oiço os teus passos em cima do muro,
Escolho ouvi-los, mas não consigo senti-los.
Mas ainda sinto, sinto muito, mas já não te sinto.
A canção que escutas já não a sei decifrar.
Perdi o nosso rumo, na direcção oposta em que sorríamos.
Para mim, serás eterno, mas nós já não o somos.
Escuta o ténue caminhar pela brisa e leva tudo de mim. 
Tudo de nós.
Também o farei, com a sensatez que sempre nos entregamos.
Juntos, mas longe.

O coração nunca para de bater

Adeus

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